sexta-feira, 19 de abril de 2013
......
Números cortam a noite...
Poesia numérica
No meio dos signos
- Um poema.
Quem sabe de amor,
Dígitos de paixão
Dizem tudo...
Fuzilam a insanidade
Cansam a mente...
- Tome um gole de água,
Algo pro estômago não desmaiar.
A lógica que não se perde
Me perde
No negro
Sinto sufocar o poema
Sinto-o ....
Esvair...
Procuro um fio de percepção
Vejo códigos febris
Jorrando o futuro,
Um plano veloz em símbolos...
Apenas uma sensação
Gástrica.
Fez-se um traço
Uma geometria
Tentando explicar algo
Desconhecido...
- Um homem
O traço toma contornos
Parece concretismo.
Propõe uma ideia
Diz-se depois, absurdo!
Depois axiomas
- O poema se foi....
Duperron Carvalho
domingo, 7 de abril de 2013
.....
Rios de axiomas,
Números reais
Dispersos...
Tudo, substancialmente
Contido, nas esquias vazias
Da noite.
Criam-se formas,
Mundos,
Ciência,
Saber,
Poesia...
Num pairo sutil
Sobre os fatos reminiscentes
Do dia que morre
E revive...
Nas mãos de artimanhas
Da mente.
Consciência pulsante...
Crivo de sapiência a penetrar os sentidos
Do ser que sobrevive ao fato
Insano...
A luz...
Duperron Carvalho
.....
Meus passo esquivo
Minha lira encantada
[ e o seu som.
Meu encanto
Pranto...
Meu dom...
Os livros, as palavras
Que me cabem.
Escrevo, sobre,
Quando sou amante
[ do sutil.
Milimétrico sutil.
Quando canto o homem
E as catástrofes da alma
- O homem é conflito...
Digo, meu,
O mundo que invento
Dimensiono, ante
A perplexidade dos meus olhos
[ joviais
E negros.
Duperron Carvalho.
Papel
Papeis,
Desenfreados papeis.
Sistema, maquina
Movida a papel.
O ser, indubitavelmente
Apodrece um dia.
Os papeis ficam...
Estagnados...
No distorcido mundo-maquina
De papel.
Soma, números, dígitos
Picos de insânia,
Índices de ânimo exaltado
São papeis...
Poesia obsoleta,
Homem obsoleto,
Deuses anacrônicos.
Os números não mentem.
O futuro está nas nuvens
Papeis nas nuvens.
Celulose reinventada
Rediviva...
Choque entre métodos usuais
Apenas papel.
Nada, nada, nada mais.
Duperron Carvalho
....
Um poema quentíssimo...
Não devo reclamar da fome.
Quer dizer, que fome?
Acabaram com a fome! -Bradam os homens de terno.
E ainda se contorcem
Vazios...
Os jornais gritam
Os fatos,
As mascaras,
A nação que não existe
Porém, a fome
- Que fome?
Não a saciaram
Na alma
A matéria entende...
O corpo sem cor dos enganados
A tela irrestrita
A sua ânsia.
O subime limiar da vida
Que não cessa em mentiras.
Um dia
Mostrará-se uma arma,
Ogiva, míssil tácito de indizível formulação.
Erga-se, revolver!
Diga-se VERDADE.
Duperron Carvalho
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