domingo, 7 de abril de 2013

....


Um poema quentíssimo...

Não devo reclamar da fome.
Quer dizer, que fome?
Acabaram com a fome! -Bradam os homens de terno.

E ainda se contorcem

                         Vazios...

Os jornais gritam
Os fatos,
As mascaras,
A nação que não existe

Porém, a fome
            - Que fome?

Não a saciaram
Na alma

A matéria entende...

O corpo sem cor dos enganados
A tela irrestrita
A sua ânsia.
O subime limiar  da vida
Que não cessa em mentiras.

Um dia
Mostrará-se uma arma,
Ogiva, míssil tácito de indizível formulação.
Erga-se, revolver!
Diga-se VERDADE.

Duperron Carvalho

Nenhum comentário: