sexta-feira, 7 de junho de 2013
Vicissitude
Tome algo para sua calma
Aquela água
Num copo esquecido ali
Recomponha a observância
Deixe o tempo esvair
Depois não diga nada
Nada!
Sem rimas
Ênfase ou poema
A noite é apenas a noite
E a chuva, que se não parar,
Alagará a rua com águas
[Ansiolticas.
Beba aquela água
E deixe o mundo na gaveta,
Retire o seu pulso.
Recomponha o seu folego
E vá dormi
Duperron Carvalho
quinta-feira, 6 de junho de 2013
Trecho sobre a saudade
E de partir
De partidas
Fez-se essa forma indeterminada
A qual chamo minha saudade
Algo pueril
Desolado e infame
Tão pulsante quanto
As contrações indômitas
Dessa minha maquina fisiológica
A que se tomar cuidado
Saudade é rio de mistério
E de pulsos,
Ora latentes
Incessantes...
Sempre nas horas vagas
Sempre em vaguidão
Madrugadas...
Solidão...
Vem-se fatal
E tudo se acumula
Naquele pedaço de água
Que escorre sutil aos olhos
Face distante...
De formulação hábil:
Ânsia, ânsia, ânsia
Lembrança...
É apenas saudade.
Duperron Carvalho
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