Aquele pedaço escuso
Era rastro
De desproposito
Medo..
Dava-me impressões
Fatídicas...
Mesmo a noite, o dia
O tempo não silenciava aquele fio,
Que amarrava minha lembrança.
Implorei, então,
Deixe-me,
Coisa de chorar
Deixe-me.
Deixe-me levantar.
Duperron
sábado, 16 de novembro de 2013
sexta-feira, 7 de junho de 2013
Vicissitude
Tome algo para sua calma
Aquela água
Num copo esquecido ali
Recomponha a observância
Deixe o tempo esvair
Depois não diga nada
Nada!
Sem rimas
Ênfase ou poema
A noite é apenas a noite
E a chuva, que se não parar,
Alagará a rua com águas
[Ansiolticas.
Beba aquela água
E deixe o mundo na gaveta,
Retire o seu pulso.
Recomponha o seu folego
E vá dormi
Duperron Carvalho
quinta-feira, 6 de junho de 2013
Trecho sobre a saudade
E de partir
De partidas
Fez-se essa forma indeterminada
A qual chamo minha saudade
Algo pueril
Desolado e infame
Tão pulsante quanto
As contrações indômitas
Dessa minha maquina fisiológica
A que se tomar cuidado
Saudade é rio de mistério
E de pulsos,
Ora latentes
Incessantes...
Sempre nas horas vagas
Sempre em vaguidão
Madrugadas...
Solidão...
Vem-se fatal
E tudo se acumula
Naquele pedaço de água
Que escorre sutil aos olhos
Face distante...
De formulação hábil:
Ânsia, ânsia, ânsia
Lembrança...
É apenas saudade.
Duperron Carvalho
sexta-feira, 19 de abril de 2013
......
Números cortam a noite...
Poesia numérica
No meio dos signos
- Um poema.
Quem sabe de amor,
Dígitos de paixão
Dizem tudo...
Fuzilam a insanidade
Cansam a mente...
- Tome um gole de água,
Algo pro estômago não desmaiar.
A lógica que não se perde
Me perde
No negro
Sinto sufocar o poema
Sinto-o ....
Esvair...
Procuro um fio de percepção
Vejo códigos febris
Jorrando o futuro,
Um plano veloz em símbolos...
Apenas uma sensação
Gástrica.
Fez-se um traço
Uma geometria
Tentando explicar algo
Desconhecido...
- Um homem
O traço toma contornos
Parece concretismo.
Propõe uma ideia
Diz-se depois, absurdo!
Depois axiomas
- O poema se foi....
Duperron Carvalho
domingo, 7 de abril de 2013
.....
Rios de axiomas,
Números reais
Dispersos...
Tudo, substancialmente
Contido, nas esquias vazias
Da noite.
Criam-se formas,
Mundos,
Ciência,
Saber,
Poesia...
Num pairo sutil
Sobre os fatos reminiscentes
Do dia que morre
E revive...
Nas mãos de artimanhas
Da mente.
Consciência pulsante...
Crivo de sapiência a penetrar os sentidos
Do ser que sobrevive ao fato
Insano...
A luz...
Duperron Carvalho
.....
Meus passo esquivo
Minha lira encantada
[ e o seu som.
Meu encanto
Pranto...
Meu dom...
Os livros, as palavras
Que me cabem.
Escrevo, sobre,
Quando sou amante
[ do sutil.
Milimétrico sutil.
Quando canto o homem
E as catástrofes da alma
- O homem é conflito...
Digo, meu,
O mundo que invento
Dimensiono, ante
A perplexidade dos meus olhos
[ joviais
E negros.
Duperron Carvalho.
Papel
Papeis,
Desenfreados papeis.
Sistema, maquina
Movida a papel.
O ser, indubitavelmente
Apodrece um dia.
Os papeis ficam...
Estagnados...
No distorcido mundo-maquina
De papel.
Soma, números, dígitos
Picos de insânia,
Índices de ânimo exaltado
São papeis...
Poesia obsoleta,
Homem obsoleto,
Deuses anacrônicos.
Os números não mentem.
O futuro está nas nuvens
Papeis nas nuvens.
Celulose reinventada
Rediviva...
Choque entre métodos usuais
Apenas papel.
Nada, nada, nada mais.
Duperron Carvalho
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